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SOCIALISMO NO SÉCULO XX: O QUE DEU ERRADO?

R$52,00

Decorridos mais de 90 anos da eclosão da Revolução Russa e quase duas décadas de seu colapso, podemos apresentar um balanço mais elaborado acerca desta monumental experiência vivenciada no século XX. Não são poucas as contribuições, mais ou menos elaboradas, que procuraram elucidar o experimento vivenciado pela URSS e os chamados países do “bloco soviético”.

Podemos mencionar, a título de exemplos, a aberrante formulação staliniana do socialismo num só país; a crítica da burocratização e do capitalismo desigual e combinado e os complexos desafios do socialismo e da revolução nos países atrasados (Trotsky); a formulação do capitalismo de estado (Bettelheim); a crítica anarquista ao Partido e ao Estado; as teses do socialismo de caserna (Kurz); a percepção de um novo tipo de capital pós-capitalista, incapaz de romper com o sistema de metabolismo social do capital (Mészáros), para indicar algumas das formulações que consideramos mais expressivas.

Derrotada cabalmente a experiência do chamado “socialismo real”; exaurida a tese da preservação do mercado como “parceiro” do socialismo e, sendo hoje possível comparar os fracassados exemplos chinês e soviético (o primeiro, realizando uma monumental abertura econômica para o capital, hipertrofiando ainda mais o que Marx denominou como estado político, e o segundo, efetivando uma “abertura” simultaneamente econômica e política, que resultou em seu desmoronamento completo), torna-se imprescindível aprofundar o exercício crítico das revoluções do século XX, se quisermos recuperar as possibilidades históricas para o socialismo do século XXI.
Rever a experiência que se desenvolveu em nome do socialismo torna-se, então, pressuposto fundamental para a busca efetiva da associação de indivíduos livres e de uma autêntica sociedade emancipada.

Aqui reside o esforço maior de Robério Paulino. Intelectual engajado e preocupado com as grandes questões sociais de nosso tempo, busca neste trabalho elucidar os (des)caminhos do “socialismo realmente existente” – conceitualização mistificadora que a tantos impressionou. Robério assumiu a empreitada e nos oferece seu esforço interpretativo global, visando contribuir para uma melhor compreensão acerca das razões do colapso da União Soviética.

No esforço de síntese apresentado por Robério, não são poucos os elementos polêmicos. Mas, mesmo quando o dissenso aflora com mais intensidade, é imperioso reconhecer seu esforço, coragem e disposição intelectual e política para enfrentar um tema tão caro, difícil e espinhoso para a esquerda, o que torna o livro uma leitura necessária.
Ricardo Antunes

QUARTA CAPA
O que deu errado e o que deu certo para o socialismo no século XX? Qual foi o real significado da queda do Muro de Berlim e do colapso da URSS? Estas são as perguntas que fazem muitos daqueles que se empenharam na tentativa de construção de uma sociedade superior ao capitalismo no século passado e observam nas últimas duas décadas o retorno dos países chamados socialistas a esse sistema.
A crise econômica global irrompida em 2008 e a iminente ameaça de colapso ambiental, que revelam mais uma vez a disfuncionalidade e a irracionalidade deste sistema, trarão de volta sem dúvida a discussão do socialismo como alternativa. Entretanto, pesa sobre este uma enorme carga de descrédito, por razões até agora aparentemente pouco compreendidas pelo próprio movimento socialista.

Apesar da evidente crise civilizatória existente sob o domínio do capital neste início do século XXI, o autor considera que qualquer pretensão de replantar a utopia socialista nos corações e nas mentes de milhões de seres humanos, de reencantar a humanidade com o sonho de uma sociedade mais justa e solidária, exigirá antes uma rigorosa revisão autocrítica das concepções e práticas de grande parte do movimento socialista durante o século passado. Este livro é uma contribuição para este balanço. Por isso, aqui não se discute apenas o passado, mas sim o futuro da civilização humana.

Por mais que a ideologia dominante procure esconder o imenso legado da Revolução Russa, as marcas deixadas por ela e pela URSS na história do século XX não podem ser apagadas. Mas assim como a Revolução Russa significou uma grande vitória para o movimento socialista no início do século, o desaparecimento da URSS em 1991, precedido pela queda do Muro de Berlim em 1989, implicou em uma severa derrota para aqueles que apostaram na possibilidade de uma formação social distinta do capitalismo. Quais foram as causas daquele colapso e especialmente quais lições deixa a tentativa de construção do socialismo, sua ascensão e declínio no século passado?

Mesmo sabendo do tabu que cerca tal tema, das paixões e ácidas polêmicas que suscitam quaisquer opiniões sobre esse assunto – vindas de todos os lados do espectro político – Robério Paulino aceitou o desafio de tentar identificar as razões das dificuldades enfrentadas pelo socialismo no século anterior, bem como os equívocos cometidos. Sugere aqui as lições que se podem tirar acerca da exaustão da URSS, lançando um convite à reflexão a todos aqueles que ainda sonham com uma cultura e uma sociedade diferentes e acreditam que o conhecimento humano e a verdade histórica surgem exatamente do choque de visões e do saudável debate de ideias.

SOBRE O AUTOR:
ROBÉRIO PAULINO é economista formado pela Universidade de São Paulo – USP – e doutor em História Econômica pela mesma universidade. Atualmente é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, em Natal, no Departamento de Gestão de Políticas Públicas. Conhecedor do movimento socialista e atento observador do cenário internacional desde os tempos da Guerra Fria, investigou as razões que conduziram a URSS ao colapso em 1991 e as consequências deste fenômeno para a nova ordem internacional estabelecida desde então e para o movimento socialista em particular.

Livro: SOCIALISMO NO SÉCULO XX – O que deu errado?
Autor: Robério Paulino
ISBN: 978-85-61469-02-3
Páginas: 416 – Edição: 2º
Editora: Letras do Brasil
Preço: R$ 52,00

Descrição

Decorridos mais de 90 anos da eclosão da Revolução Russa e quase duas décadas de seu colapso, podemos apresentar um balanço mais elaborado acerca desta monumental experiência vivenciada no século XX. Não são poucas as contribuições, mais ou menos elaboradas, que procuraram elucidar o experimento vivenciado pela URSS e os chamados países do “bloco soviético”.

Podemos mencionar, a título de exemplos, a aberrante formulação staliniana do socialismo num só país; a crítica da burocratização e do capitalismo desigual e combinado e os complexos desafios do socialismo e da revolução nos países atrasados (Trotsky); a formulação do capitalismo de estado (Bettelheim); a crítica anarquista ao Partido e ao Estado; as teses do socialismo de caserna (Kurz); a percepção de um novo tipo de capital pós-capitalista, incapaz de romper com o sistema de metabolismo social do capital (Mészáros), para indicar algumas das formulações que consideramos mais expressivas.

Derrotada cabalmente a experiência do chamado “socialismo real”; exaurida a tese da preservação do mercado como “parceiro” do socialismo e, sendo hoje possível comparar os fracassados exemplos chinês e soviético (o primeiro, realizando uma monumental abertura econômica para o capital, hipertrofiando ainda mais o que Marx denominou como estado político, e o segundo, efetivando uma “abertura” simultaneamente econômica e política, que resultou em seu desmoronamento completo), torna-se imprescindível aprofundar o exercício crítico das revoluções do século XX, se quisermos recuperar as possibilidades históricas para o socialismo do século XXI.
Rever a experiência que se desenvolveu em nome do socialismo torna-se, então, pressuposto fundamental para a busca efetiva da associação de indivíduos livres e de uma autêntica sociedade emancipada.

Aqui reside o esforço maior de Robério Paulino. Intelectual engajado e preocupado com as grandes questões sociais de nosso tempo, busca neste trabalho elucidar os (des)caminhos do “socialismo realmente existente” – conceitualização mistificadora que a tantos impressionou. Robério assumiu a empreitada e nos oferece seu esforço interpretativo global, visando contribuir para uma melhor compreensão acerca das razões do colapso da União Soviética.

No esforço de síntese apresentado por Robério, não são poucos os elementos polêmicos. Mas, mesmo quando o dissenso aflora com mais intensidade, é imperioso reconhecer seu esforço, coragem e disposição intelectual e política para enfrentar um tema tão caro, difícil e espinhoso para a esquerda, o que torna o livro uma leitura necessária.
Ricardo Antunes

QUARTA CAPA
O que deu errado e o que deu certo para o socialismo no século XX? Qual foi o real significado da queda do Muro de Berlim e do colapso da URSS? Estas são as perguntas que fazem muitos daqueles que se empenharam na tentativa de construção de uma sociedade superior ao capitalismo no século passado e observam nas últimas duas décadas o retorno dos países chamados socialistas a esse sistema.
A crise econômica global irrompida em 2008 e a iminente ameaça de colapso ambiental, que revelam mais uma vez a disfuncionalidade e a irracionalidade deste sistema, trarão de volta sem dúvida a discussão do socialismo como alternativa. Entretanto, pesa sobre este uma enorme carga de descrédito, por razões até agora aparentemente pouco compreendidas pelo próprio movimento socialista.

Apesar da evidente crise civilizatória existente sob o domínio do capital neste início do século XXI, o autor considera que qualquer pretensão de replantar a utopia socialista nos corações e nas mentes de milhões de seres humanos, de reencantar a humanidade com o sonho de uma sociedade mais justa e solidária, exigirá antes uma rigorosa revisão autocrítica das concepções e práticas de grande parte do movimento socialista durante o século passado. Este livro é uma contribuição para este balanço. Por isso, aqui não se discute apenas o passado, mas sim o futuro da civilização humana.

Por mais que a ideologia dominante procure esconder o imenso legado da Revolução Russa, as marcas deixadas por ela e pela URSS na história do século XX não podem ser apagadas. Mas assim como a Revolução Russa significou uma grande vitória para o movimento socialista no início do século, o desaparecimento da URSS em 1991, precedido pela queda do Muro de Berlim em 1989, implicou em uma severa derrota para aqueles que apostaram na possibilidade de uma formação social distinta do capitalismo. Quais foram as causas daquele colapso e especialmente quais lições deixa a tentativa de construção do socialismo, sua ascensão e declínio no século passado?

Mesmo sabendo do tabu que cerca tal tema, das paixões e ácidas polêmicas que suscitam quaisquer opiniões sobre esse assunto – vindas de todos os lados do espectro político – Robério Paulino aceitou o desafio de tentar identificar as razões das dificuldades enfrentadas pelo socialismo no século anterior, bem como os equívocos cometidos. Sugere aqui as lições que se podem tirar acerca da exaustão da URSS, lançando um convite à reflexão a todos aqueles que ainda sonham com uma cultura e uma sociedade diferentes e acreditam que o conhecimento humano e a verdade histórica surgem exatamente do choque de visões e do saudável debate de ideias.

SOBRE O AUTOR:
ROBÉRIO PAULINO é economista formado pela Universidade de São Paulo – USP – e doutor em História Econômica pela mesma universidade. Atualmente é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, em Natal, no Departamento de Gestão de Políticas Públicas. Conhecedor do movimento socialista e atento observador do cenário internacional desde os tempos da Guerra Fria, investigou as razões que conduziram a URSS ao colapso em 1991 e as consequências deste fenômeno para a nova ordem internacional estabelecida desde então e para o movimento socialista em particular.